Dentro da garrafa d'água
Jazia o mar
Jazia o desconhecido
As feras se revoltavam por lá
A tempestade no céu
Trovejava e sacudia a superfície
A arraia saltava
e tentava alcançar
Os temidos e amados trovões
No profundo
O peixe e o golfinho
Dançavam uma valsa
Ao cântico da tempestade
Mas o homem
Sedento de tudo
Não liga pro mar
Não liga pra valsa
Só liga pra sede
E assim o homem
De gole em gole
Engoliu tudo
Não sobrou uma gota
Apenas sede.
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