terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Pecados Noturnos

Toda noite é essa guerra
Travada dentro de mim
Não é amor e dor
Pois desses dois eu me cansei
      
O que me dói mesmo,
Fome                       
O que sinto mesmo,
Preguiça
  
A fome sempre bate vigorosa
Forte e robusta
querendo me levar à mesa

A preguiça já chega de mansinho
Como quem pede carinho    
E atenção
    
Sempre é esse dilema
A fome esquenta
E a preguiça esfria

Por demais, a preguiça vence
Mas com a fome latente
Eu choro sem emoção

Quando a fome vence
A preguiça mente
E eu faço tudo sem devoção 

Dois pecados capitais
Que de forma sagaz
Sambam na minha harmonia

E no fim das contas
Nessa vida ambígua
De quem me ganha
Se é a fome ou a preguiça 
   
Eu tento esquecer meu coração.

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