Toda noite é essa guerra
Travada dentro de mim
Não é amor e dor
Pois desses dois eu me cansei
Travada dentro de mim
Não é amor e dor
Pois desses dois eu me cansei
O que me dói mesmo,
Fome
O que sinto mesmo,
Preguiça
Fome
O que sinto mesmo,
Preguiça
A fome sempre bate vigorosa
Forte e robusta
querendo me levar à mesa
Forte e robusta
querendo me levar à mesa
A preguiça já chega de mansinho
Como quem pede carinho
E atenção
Como quem pede carinho
E atenção
Sempre é esse dilema
A fome esquenta
E a preguiça esfria
A fome esquenta
E a preguiça esfria
Por demais, a preguiça vence
Mas com a fome latente
Eu choro sem emoção
Mas com a fome latente
Eu choro sem emoção
Quando a fome vence
A preguiça mente
E eu faço tudo sem devoção
A preguiça mente
E eu faço tudo sem devoção
Dois pecados capitais
Que de forma sagaz
Sambam na minha harmonia
Que de forma sagaz
Sambam na minha harmonia
E no fim das contas
Nessa vida ambígua
De quem me ganha
Se é a fome ou a preguiça
Nessa vida ambígua
De quem me ganha
Se é a fome ou a preguiça
Eu tento esquecer meu coração.
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