Olho a lama negra
Tantas pedras e rastros
Meus pés, areia:
Vida em hiatos
Já fui uma pobre criança
Fui altiva mulher
Cantei muito samba
Já tive samba no pé
Deixei o som me levar
Propagada pelo vento
Arrasto-me no vazio
Banhada por lamentos
Memórias, guardei no fundo
Pois lá é mais seguro
Escondidas, bandidas
Ficam no obscuro.
Cinquenta e tantos anos
Muitos amores, engano
Destas várias faces que construi
Lembranças, a se diluir.
*Poema feito em dupla com a Claudia Iris
inspirados por uma foto feita por Eli Macuxi.
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