Fui acusado de um assassinato cruel
Mas agi em legítima defesa
Se eu não matasse elas
Elas me matariam
Foi de fato um assassinato
Tive de matar uma por uma
Até não sobrar rastros
Fazia tempo que elas me incomodavam
Me lembravam do passado e da solidão
Então em um dia não tão belo
Resolvi matar todas A sangue frio
Matei as borboletas do estômago
Elas já não cumpriam mais a sua função
E me lembravam de uma paixão
Que definhava para o fim
Então tive de matar todas
Cada asa e antena virou pó
Para combinar com um coração vazio
Não se pode ter vida no estômago
Então eu culpado
E de mal com o passado
Encontro abrigo
Nos braços do vazio.